Sobre as forças armadas brasileiras e os tanques usados

Posted: April 25, 2013 in Outros, Política
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Imaginemos um país com mais de 7000km de litoral. Imaginemos que este país possua fronteiras com dez outros países.

Agora imaginemos que este país passou por uma ditadura militar, que deixou, além das sequelas “normais” (colocando obviamente no sentido irônico da palavra) uma paúra em relação às forças armadas. Ou seja, o tolhimento à liberdade de expressão e a perseguição aos que eram contra o regime fez com que tudo o que viesse com o “rótulo” de militar, fosse não somente temido, mas também hostilizado.

Agora pensemos que os anos se passaram e uma bipolaridade bem/mal, direita/esquerda não exista mais. No entanto, embora seja um país pacífico e pacifista, o movimento em seu entorno mudou, os demais países pacíficos, preocupados talvez com seus recursos (Petróleo, Cobre), seu povo e sua independência, começam a se fortalecer militarmente…

Percebe-se então que os anos de descaso e cortes orçamentários prejudicaram não somente a soberania nacional, mas também as aspirações da liderança regional. Sendo mais radical e tomando as palavras de um militar, nesse caso o Gen. Luiz Eduardo Rocha Paiva: “Um forte poder militar confere maior robustez à política exterior, atrai alianças, dissuade ameaças e desagrava afrontas.”

Não pretendo pregar uma corrida armamentista, nem declarar guerra à Bolívia para recuperar as usinas estatizadas por lá… Essa introdução vêm criar uma base para a revoltante (ao menos pra mim) notícia de compra dos tanques alemães.

Ora, um país que teve Engesa e projetos como o Osório, Cascavel, Urutu e AMX, que exportou lança mísseis e veículos para 37 países no passado, que tem (ainda) um núcleo militar na Embraer, não pode pensar em comprar material militar “que seria aposentado” ou caças franceses…

A menos que os planos sejam outros… Mas duvido. As contas não fecham. São 34 Gepards, 8 chegarão para a Copa das Confederações, que terá seis sedes. A “Deutsche Welle” noticía que os oito seriam usados no Rio de Janeiro e em Brasília. Os demais viriam pra Copa do Mundo, Olimpíadas e, acreditem ou não visita do Papa Francisco I ao país!

Mesmo pensando num plano de “engenharia reversa” como o planejado para os Leopards em 2009, 34 peças é um número grande demais!

por Celsão Irônico

Comments
  1. Eu sou da opnião que esse armamento de guerra é desnecessário. A não ser que o estado tenha algum planejamento de combater uma guerra civil (o que acredito que teja próximo com tanto movimento anti corrupção nascendo) tal armamento teria finalidade de combater terrorismo. Ao meu ver terrorismo no brasil não vai ser combatido com um tanque de guerra no meio da rua, deveria ser com inteligência, vide ABIN. Repeito, na minha opnião, assim como as toneladas de dinheiro que tão sendo gastas na infra estrutura da copa (que depois boa parte dessa “infra” não vai ter sustentabilidade) gastar dinheiro com tanques pa combater terrorismo soa tão ridículo quanto. Coitado dos EUA se tivesse que por um tanque na rua para cada ameaça que recebe, teria mais tanque Mc Donalds pelas ruas de lá…

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  2. Ivanir de Freitas says:

    Todas as épocas da humanidade foram marcadas por terríveis guerras fratricidas e holocaustos que nos assombram até hoje quando podemos observar até onde chega a ignorância do homem que é dirigido pelo orgulho e pela vaidade.
    Nenhuma nação ou império em toda a história da humanidade sobreviveu quando o poder foi exercido somente pela opressão da espada. Podemos citar o Império Babilônico, Império Persa, o Império Otomano, o Império Romano, o Nazisno, o Facismo e tantos outros.
    Na atualidade este tipo de guerra e holocaustos não são mais o que ocorre, salvo ainda pequenos pontos em nosso planeta. Ocorre que a nova guerra que o homem enfrenta é a “guerra interna”, ou seja, aquela onde ele tem que encarar sua intimidade e poder entender o porque de seus pensamentos e ações e promover uma estratégia eficiente de combate à suas imperfeições, suas mazelas que vivem mascaradas pelo medo de mostrar sua realidade.
    Encontramos o homem atual “travando” uma verdadeira batalha para “vencer o mundo”, ou seja, ser, e se apresentar conforme o poder econômico da mídia, através das convenções sociais e consumismo, impõe de forma avassaladora envolvendo desde as crianças até os anciões.
    O homem já desvendou mistérios no microcosmo e no macrocosmo com avanços impressionantes e, não conseguiu avançar um milimetro dentro de sua intimidade.
    Por isso entendo que realmente é uma grande perda de tempo e dinheiro a compra de armamentos de guerra para utilizar em eventos públicos onde deveriam investir na educação e informação de que somente o amor vai manter a paz na humanidade.

    por Ivanir_SBC

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