Acompanhamos no Brasil, recentemente, frases veiculadas na imprensa alardeando “o dia mais quente dos últimos 40 anos” ou “o Fevereiro mais quente de todos os tempos” e também “a maior média de temperatura no início do ano desde a década de 70”.
A verdade é uma só: os dias (e meses) só ficarão mais e mais quentes no verão.
A ONU divulga frequentemente relatórios sobre clima e aquecimento global. E, se nos últimos 120 anos houve aumento global médio de 1 (um) grau Celsius, a previsão para esse aumento até 2100 é de 2 graus Celsius. Obviamente, o homem é o principal causador deste aumento: o texto fala que há 95% de chance do homem ter causado mais da metade desse aumento.
Agora pensemos: se com o aumento de um grau as temperaturas globais mudaram tanto, o que acontecerá com os dois graus? (pra não usarmos o pior cenário da previsão que aponta um aumento de 4,8 graus!)
É um círculo vicioso. A temperatura aumenta devido ao desmatamento, que ocorre em nome do “desenvolvimento”, que gera empregos, mas necessita de fontes de energia, tanto para produzir, quanto para “consumir” o que foi produzido, e essas fontes (carvão, gás, hidroelétricas) precisam de mais desmatamento e geram mais degradação do meio ambiente e mais aumento de temperatura.
E o pior, essa degradação traz “de carona” um maior número de inversões térmicas, escassez de chuvas e/ou inundações frequentes, invernos nunca vistos anteriormente, seja pelo frio extremo ou pelas temperaturas inesperadamente amenas (tomemos Sochi, que tem tido trabalho em manter a neve durante as Olimpíadas de inverno), furacões e tornados, dentre outros fenômenos naturais.
Pra mim, o mundo precisa urgentemente reduzir, viver com menos!
Menor demanda de energia, menor número de veículos particulares, menos itens ligados na tomada, menos alimentos processados ou embalados, menor necessidade de produtos industrializados, etc.
E, caso aliado a isso aprendêssemos a ser mais eficientes, principalmente com fontes renováveis como o sol e o vento, seria possível reverter o caos iminente que se aproxima.
E não me venham com a teoria que essas energias são caras… Quem quer usar energia, que pague seu preço, como é feito com o petróleo! Que importa se o carvão é barato e polui? Ou ainda….
Sim, utópico e romântico, como sempre.
por Celsão correto.
figura retirada do portal UOL
como artigos de referência, aqui um bom resumo sobre o relatório climático da ONU. Aqui e aqui duas notícias de temperaturas recordes, também do portal UOL.