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Evo_Morales

Evo_Morales

A humanidade parece caminhar em busca de mais liberdade e respeito à liberdade do próximo. Parece caminhar em busca de um convívio pacífico e de direitos iguais, com leis mais justas e melhor aplicadas, e que valham para todos.
Alguns mais ingênuos acreditam que hoje em dia, barbáries como o holocausto judaico na Alemanha e outras estórias do século passado, não podem mais acontecer, pois temos uma mídia ampla que garante a velocidade da informação do mundo globalizado, leis mais duras e mais justas, e órgãos como a ONU que são a voz maior sobre o zelo mundial. Doce ilusão.

Prova disso é vermos os EUA invadindo o  Iraque sem aprovação da ONU, e com um pretexto que nunca foi comprovado: presença de armas nucleares. Hoje todos sabem que tudo era questão de petróleo e de imperialismo na região. No Afeganistão, a história é parecida. Do mesmo jeito que se sabe no Brasil, que os EUA sempre estiveram por trás de nossa ditadura militar, sabe-se na região do Afeganistão/Paquistão/Cazaquistão/Índia que a invasão do Afeganistão tem, possivelmente, como principal motivo, o controle da produção e vasão de drogas da região. Para quem não sabe o Afeganistão é o maior produtor de drogas da região e principal abastecedor da Europa e Ásia.
Ainda sobre o Afeganistão, é trágico o incidente no WTC, e isso se agrava pelo fato de haver tantas evidências documentadas, além das lógicas, que nos levam a crer uma trama interna para criar um pretexto de invasão.

Claro que temos outras dezenas de guerras civis e guerras entre países acontecendo no mundo atualmente. Mas essas são desinteressantes o noticiamento, pois acontecem entre povos que não têm valor, por serem pobres; portanto sem nomes, sem alma, sem importância, apenas números. Somente quando há possibilidade de ganhos políticos e financeiros altos, a situação recebe as rajadas dos holofotes midiáticos.

Sabemos também que, por trás de muitas dessas guerras, tanto aquelas onde os EUA são os protagonistas, quanto as outras, um dos principais motivadores é a indústria bélica, que, de alguma forma, precisa fazer negócios. E nada melhor para os seus negócios que uma guerra. Invente motivos para que um povo tenha raiva de outro, e vice-versa, e dissemine isso através da mídia. Daí bastam algumas jogadas políticas e pronto, tem-se uma guerra. Vários grupos têm enormes lucros, enquanto alguns pobres sem nome e sem importância, se matam.
(Cliquem AQUI para assistirem ao documentário de Michael Moore, Bowling for Columbine, sobre o porte de armas/indústria bélica)

Mas por que passei por toda essa introdução? O ocorrido da semana passada me chocou quase tanto quanto a invasão do Iraque. O presidente da Bolívia, Evo Moráles, estava em visita à Rússia, e no caminho de volta para Bolívia, foi forçado a desviar seu voo, parar em Viena, pois havia indícios de que Snowden (que revelou ao mundo que Bush e Obama monitoravam/monitoram a internet e a telefonia do mundo. Clique AQUI para ler mais sobre isso em um outro artigo nosso) poderia estar embarcado na aeronave do presidente, e seria levado para a Bolívia para receber abrigo político.
Daí eu me pergunto: como pode um país impedir que o voo de um presidente prossiga, somente por uma suposição que este, poderia estar levando em seu avião um fugitivo político de outra Nação? Eu nem vou entrar no debate se o tal de Snowden deveria mesmo ser preso ou não. Nem vou entrar em detalhes sobre como funciona a legislação internacional para abrigo político. Nem vou comentar sobre a impenetrabilidade de Embaixadas e veículos oficiais. Mas o fato é que, interceptar a aeronave de um presidente, por causa de uma suposição, me parece um ato quase de guerra!

Mas não faz mal, não é mesmo? Afinal, é o presidente da Bolívia e ele tem tendências socialistas. Já pensaram se fosse o Obama voltando do Brasil para os EUA, impedido de abastecer seu avião no México, obrigado a voltar e pousar na Venezuela, onde sofre um interrogatório feito pelo próprio Maduro? Adivinhem o resultado disso! Será que os EUA depois declarariam guerra à Venezuela? …Se bem que, se tratando de países hegemônicos, cujo melhor exemplo atual são os Estados Unidos, eu apostaria que tudo seria armação, para servir de pretexto para invadir a Venezuela de vez, desbancar o governo de esquerda vigente e então pegar todo o petróleo para si só; marginalizando a sociedade novamente, como bichos, números…

Mas é o Evo Morales, um índio boliviano, presidente de uma país pobre… Então, leis internacionais para quê, né? Diplomacia, para quê? Ela é importante para quem pode oferecer algo em troca.
Engraçado que no facebook, tirando as pessoas extremamente politizadas, ninguém comentou isso. Mas a vinda dos médicos cubanos, aí sim, isso é uma atrocidade e desrespeito à sociedade.
Enquanto as pessoas não perceberem como isso tudo está conectado (consumismo, poluição do meio ambiente, riqueza vs fome, indústria de armas, indústria farmacêutica, bancos, agronegócio, petróleo, capitalismo, demonização de governos sociais, demonização de Fidel Castro, Hugo Chávez, invasão do Iraque, Osama Bin Laden, Sadam Hussein, ataque ao WTC, ditaduras militares, alienação e manipulação do povo através de um ensino falho e uma mídia super manipuladora e geradora de ódio e medo, revelações de Savange no “Wikileaks” e Snowden, intercepção do avião de Evo Morales, desmatamento, superaquecimento do planeta, poluição, pobreza e miséria), continuaremos sendo tão dominados quanto éramos no período do Império Romano; só que de forma mais eficiente, pois naquela época as pessoas tinha consciência da submissão, mas nada se podia fazer, por causa da força bruta dos dominantes. Hoje em dia, não se sabe da submissão, pois os artifícios para nos transformar em seres não-pensantes são tão eficientes, que quase tornam desnecessária a intervenção brutal. Mas quando, em alguns episódios de exceção, essa balança perde o equilíbrio, temos de volta a velha companheira, força bruta!

Para ler uma das notícias sobre a intercepção do voo de Evo Morales, clique AQUI.

por Miguelito Formador

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