Um dos mais conhecidos teólogos do Brasil, Leonardo Boff é um nome atualmente aclamado em todo o mundo. Aos 75 anos, Boff é um intelectual, escritor e professor premiado e respeitado no país, cuja opinião é ouvida por personalidades com o Papa Francisco e os presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Já o acompanho e leio suas ideias há um bom tempo. Dificilmente tenho algo a criticar sobre o que ele diz, normalmente é impecável aos meus olhos. Pensador que possui muita sanidade, honestidade intelectual, sabedoria, bondade, vasto conhecimento, e muito, mas muito senso de justiça.
Nesta entrevista, porém, Boff se supera. Ele consegue, em poucas linhas, tratar laconicamente, mas nem por isso sem eficiência e/ou sem didática, de diversas questões que parecem, aos olhos de muitos, não estarem conectadas, mas na verdade muitas delas se encontram e se influenciam, direta- ou indiretamente, muitas vezes num jogo de “causa e efeito”.
Entre os assuntos tratados por ele estão: pobreza e riqueza, ética social, sistema capitalista selvagem baseado na especulação financeira, política no Brasil, PT e Dilma, candidatos e partidos de oposição, avanços sociais obtidos nos últimos anos e o que ainda falta para o povo. Fala ainda da igreja católica e cristã, passando por Jesus Cristo e chegando ao momento atual da Igreja Católica com o Papa Francisco. Fala do protestantismo e Lutero, critica os religiosos que fazem da religião um grande “negócio”, usando o evangelho para justificar ideias retrógradas, tirar dinheiro dos fiéis e manipular mentes. Tece comentários sobre a situação no Oriente Médio (Israel & Palestina), aborto, violência, crise econômica e social na Zona do Euro, América Latina como esperança para o futuro, e sobre a crise ecológica e econômica mundial.
Sobre essas últimas duas, Boff diz estarem profundamente conectadas, estando o capitalismo fundado na exploração dos povos e da natureza. Ele fala: “Esse sistema não é bom para a humanidade, não é bom para a ecologia e pode levar eventualmente a uma crise ecológica social com consequências inimagináveis, em que milhões de pessoas poderão morrer por falta de acesso à água e à alimentação”.
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por Miguelito Filosófico
* figura retirada do perfil de facebook de Leonardo Boff