Foi lançado ontem um dos apps ou jogos mais aguardados dos últimos tempos: o Pokemon Go.
Sucesso dos anos 90, a criação japonesa (de Pocket Monster) virou desenho, quadrinhos, jogo de cartas e muitos filmes. E, com isso, surgiram muitos aficionados. Gente viciada mesmo.
E… talvez por eles… talvez puxada pela geração que não interage, que prefere celulares a conversas… o jogo chega no Brasil com a triste promessa de tornar febre em poucos dias.
Pra quem nunca viu, vídeos no Youtube podem ajudar a compreender melhor o problema.
A reportagem da Folha de ontem (aqui) tem um vídeo com pessoas que estavam buscando os monstrinhos na Paulista uma hora após o lançamento, ou desbloqueio do jogo.
Explicando rapidamente, o jogo usa a câmera do celular e a realidade aumentada projetando os bichinhos (ou monstrinhos) nas ruas, calçadas, lojas, monumentos… em todos os lugares.
E já são incontáveis o número de acidentes relatados, de pessoas que se distraem com o aplicativo e terminam caindo na rua, sendo atropeladas, de roubos que ocorrem por distração… enfim, por toda a distração vinda deste “transporte virtual” para algum lugar.
A minha primeira reação foi de preocupação.
Por aqui, é fácil ver que ninguém larga o celular. Em ônibus e metrôs são poucos os que não ficam com os olhos grudados na telinha.
Dirigindo no trânsito também são corriqueiros os flagrantes de motoristas que teclam, falam e postam. WhatsApp e Facebook eram os preferidos. Mas sempre as novidades são bem vindas e exploradas.
E a preocupação virou medo. Depois que vi algumas reações de ontem, dia do lançamento oficial, entre eles o vídeo da notícia da Folha. Juntei a isso alguns avisos de amigos com filhos adolescentes, que já compartilham monstros e locais onde os encontraram entre eles…
Mas depois, refletindo em minha condição de velho, chato e não contemporâneo à febre do desenho, acho que o jogo pode trazer alguns “bons resultados”.
Afinal, Charles Darwin sempre pregou que a evolução também ocorre por seleção genética.
E, pode ser que esse “Pokemon Go” seja a chave para uma evolução massiva, eliminando os genes dos “tontos” que se auto-eliminarão caçando os tais bichinhos.
Certeza que teremos entre os próximos premiados do Darwin Awards alguns jogadores de Pokemon Go. O site premia a ignorância de pessoas como o nosso padre Adelir Antônio (aqui), que em 2008 tentou um recorde mundial, mas preferiu que Deus o conduzisse ao invés de aprender a usar ou carregar os manuais do GPS que levava…
Enfim… veremos o que acontecerá com os nossos jovens, seus celulares e os monstrinhos espalhados por aí.
por Celsão irônico
figura retirada daqui e de imagens passadas pelo leitor e amigo Miguel Lopes.
P.S.: pra quem quer saber sobre os acidentes ocorridos no mundo aos jogadores de Pokemon Go (aqui e aqui) – sites em Inglês.
P.S.2: aqui uma notícia de um seguro de acidentes aos jogadores de Pokemon Go, oferecido por um banco russo
P.S.3: peguei os links da página oficial no Brasil (aqui) e do Facebook oficial (aqui), caso alguém queira